Mirtes Almeida – FCCM Para ser um Xikrin, o SER precisa preencher um conjunto de…
Mirtes Emilia Almeida
Mirtes Emilia Almeida
Doutoranda em História Social da Amazônia pela UFPA, fez graduação e mestrado em História na UFPA. Em suas pesquisas buscou compreender as relações de gênero dentro das comunidades indígenas no sul e sudeste paraense. Trabalha como etnóloga na Fundação Casa da Cultura de Marabá e vem se dedicando a pesquisas sobre a saúde da mulher indígena no período da gravidez, principalmente com os povos Mebengokré- Xikrin, do troco linguístico Jê.
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Não temos a pretensão de, nessas poucas linhas, dar conta da História Xikrin desde tempos imemoriais. Buscamos antes, situar o leitor sobre os Mebêngôkre, a localização da reserva indígena e as relações de gênero entre os Mebengôkre Xikrin do Djudjê-kô a partir da estrutura organizacional de sua aldeia. Destacamos então a Terra Indígena Cateté com as Aldeias existentes dentro da reserva, que são: aldeia Kateté, aldeia Djudjê-kô e aldeia O`odjã. As aldeias Xikrin estão localizadas próximo ao rio Cateté, na bacia do rio Itacaiúnas, sendo a aldeia Kateté a mais antiga; a nascida de cisão desta, a Djudjê-kô (aldeia onde realizamos nossas pesquisas desde 2005); e, posteriormente, com nova cisão também da aldeia Kateté, nascera a aldeia O`odjã.